Certamente você já passou os olhos em anúncios como estes:
Quem sabe até mesmo já comprou animais através deles, para si mesmo ou como presente.
Você sabia que por detrás de anúncios assim pode existir um negócio cujo interesse é exclusivamente o lucro em detrimento à vida do animal?!
São as chamadas "fábricas de filhotes", e elas existem a nível mundial. Nelas, os animais ficam em péssimas instalações, que podem ser pequenas gaiolas ou mesmo amarrados a uma corda. São postos para procriar repetidamente, até quando não mais conseguem ter filhotes, sendo então sacrificados ou abandonados. A alimentação é incorreta, geralmente em nenhum momento há acompanhamento veterinário, a vacinação pode ser com material de má procedência, o que pode resultar em filhotes com doenças encubadas, que apresentarão sintomas ou virão a óbito após alguns dias com seus novos "donos". Às vezes antes do tempo correto de desmame eles são separados da mãe e vendidos. Essas condições precárias são para reduzir os custos, por isso as fábricas de filhotes têm um lucro altíssimo.
Lindos filhotes em uma vitrine de petshop podem ter vindo de uma dessas fábricas ou de alguém que tenha ligações a elas. Acabam sendo comprados pelo "consumidor" sem qualquer planejamento e preparo dele ou da família, mas apenas por impulso. Pessoas são influenciadas a comprar animais em diversas situações, até por terem visto determinada raça em algum filme. Ou ainda para atender um desejo de seus filhos sem que se explique a eles que o animal não é um brinquedo. Nestes casos, após a "brincadeira" não ter mais graça os filhotes são repassados ou abandonados, o que também acontece na hipótese dos cães ou gatos desenvolverem doenças, por que "estão dando trabalho e despesa". Outro problema é que animais mantidos em pequenas gaiolas sem exercícios, amor e contato humano tendem a desenvolver comportamentos indesejáveis e podem se tornar destrutivos e anti-sociais (por exemplo cachorros que latem muito). Por isso há sempre um número considerável de animais "de raça" adultos disponíveis para adoção em abrigos.
Um dado muito importante para que você observe: diferente das entidades de proteção animal, as lojas em geral não se preocupam com o futuro dos filhotes. Quem verdadeiramente respeita a vida do animal não-humano toma cuidados na doação, analisando a situação da família e exigindo o preenchimento de documentação, como o Termo de Responsabilidade.
Ainda não há praticamente nenhuma fiscalização ou proibição, na prática, desse comércio de vidas, e o fato ainda é extremamente aceito pela população. A consequência é o aumento do preconceito com os sem raça definida (quantifica-se o valor do animal em si pelo que ele custa em dinheiro) e da população de animais no geral, a ponto de haver excedentes (mais animais do que se pode cuidar), perpetuando-se a indiferença e a desvalorização da vida de um cão ou um gato (se estão "sobrando" é porque não têm valor).
Enquanto nos abrigos particulares e públicos há um número infindável de animais sem raça definida - e até mesmo de raça - esperando por um lar, ainda se paga por um cão ou gato de raça, ou seja, com essa ou aquela característica que mais agrade a quem o está adquirindo, sendo que a amizade e a companhia, questões que deveriam merecer real valor, são postas em segundo plano. Lembramos aqui que as raças foram criadas para conveniência do Homem, para atender a seus desejos e para que os animais tivessem "utilidade". Nos processos de "purificação" das raças, muitas delas culminam em animais com problemas genéticos crônicos, como a dogue alemão que apresenta problemas cardíacos ou a pitbull que tem problemas de pele. Porém, ainda que este seja um comportamento especista, "racista", não podemos obrigar as pessoas a deixarem de gostar de um animal com determinadas características e proibir esse direito de escolha no momento em que vivemos. Queremos combater aqui os exageros, pois enquanto houver esse desequilíbrio e essa visão errônea, haverá muito sofrimento para todos.
Algumas soluções podem vir a amenizar o problema das fábricas de filhotes: os animais vendidos poderiam sair já castrados, comprar-se somente de criadores sérios, pesquisar antes da compra, aumento da fiscalização por parte do governo, campanhas de esclarecimento a população, etc...
Divulgue essas informações a seus amigos e parentes que estejam pensando em adquirir um animal. Se você mesmo estiver pensando nisso, após ter a certeza de que poderá arcar com todas as responsabilidades e resolver adotar ao invés de comprar, visite nossa página de adoções. Lá poderá estar aquele que será seu companheiro por longos anos. Deve-se sempre considerar que um animal adotado retribui com gratidão o fato de ser retirado das ruas (de onde vai para um abrigo provisório para ser tratado) e acolhido definitivamente por uma família. A companhia e a fidelidade serão redobrados!
Ou, se decidir optar por um animal de raça, veja essas recomendações da ARCA Brasil para descobrir se o vendedor ou a loja podem merecer a sua confiança:
- Verifique se o estabelecimento possui licença de funcionamento e é uma empresa constituída. (basta conferir seu CNPJ no site da Receita Federal)
- Pergunte quem é o veterinário responsável, confira suas inscrição no CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária) e procure conversar com ele.
- Peça autorização para visitar os recintos internos onde ficam os animais (não aceite desculpas, que podem ser as mais variadas).
- Pergunte aos seus amigos sobre lojas com boas referências.
“As ‘fábricas de filhotes’ talvez sejam a mais grave ameaça em países como Inglaterra e EUA. Temos que impedir que essa distorção ocorra em nosso país, onde se inicia a uma nova era nas relações com seus animais de companhia” (Marco Ciampi, presidente da ARCA Brasil)
Você sabia que por detrás de anúncios assim pode existir um negócio cujo interesse é exclusivamente o lucro em detrimento à vida do animal?!
São as chamadas "fábricas de filhotes", e elas existem a nível mundial. Nelas, os animais ficam em péssimas instalações, que podem ser pequenas gaiolas ou mesmo amarrados a uma corda. São postos para procriar repetidamente, até quando não mais conseguem ter filhotes, sendo então sacrificados ou abandonados. A alimentação é incorreta, geralmente em nenhum momento há acompanhamento veterinário, a vacinação pode ser com material de má procedência, o que pode resultar em filhotes com doenças encubadas, que apresentarão sintomas ou virão a óbito após alguns dias com seus novos "donos". Às vezes antes do tempo correto de desmame eles são separados da mãe e vendidos. Essas condições precárias são para reduzir os custos, por isso as fábricas de filhotes têm um lucro altíssimo.
Lindos filhotes em uma vitrine de petshop podem ter vindo de uma dessas fábricas ou de alguém que tenha ligações a elas. Acabam sendo comprados pelo "consumidor" sem qualquer planejamento e preparo dele ou da família, mas apenas por impulso. Pessoas são influenciadas a comprar animais em diversas situações, até por terem visto determinada raça em algum filme. Ou ainda para atender um desejo de seus filhos sem que se explique a eles que o animal não é um brinquedo. Nestes casos, após a "brincadeira" não ter mais graça os filhotes são repassados ou abandonados, o que também acontece na hipótese dos cães ou gatos desenvolverem doenças, por que "estão dando trabalho e despesa". Outro problema é que animais mantidos em pequenas gaiolas sem exercícios, amor e contato humano tendem a desenvolver comportamentos indesejáveis e podem se tornar destrutivos e anti-sociais (por exemplo cachorros que latem muito). Por isso há sempre um número considerável de animais "de raça" adultos disponíveis para adoção em abrigos.
Um dado muito importante para que você observe: diferente das entidades de proteção animal, as lojas em geral não se preocupam com o futuro dos filhotes. Quem verdadeiramente respeita a vida do animal não-humano toma cuidados na doação, analisando a situação da família e exigindo o preenchimento de documentação, como o Termo de Responsabilidade.
Ainda não há praticamente nenhuma fiscalização ou proibição, na prática, desse comércio de vidas, e o fato ainda é extremamente aceito pela população. A consequência é o aumento do preconceito com os sem raça definida (quantifica-se o valor do animal em si pelo que ele custa em dinheiro) e da população de animais no geral, a ponto de haver excedentes (mais animais do que se pode cuidar), perpetuando-se a indiferença e a desvalorização da vida de um cão ou um gato (se estão "sobrando" é porque não têm valor).
Enquanto nos abrigos particulares e públicos há um número infindável de animais sem raça definida - e até mesmo de raça - esperando por um lar, ainda se paga por um cão ou gato de raça, ou seja, com essa ou aquela característica que mais agrade a quem o está adquirindo, sendo que a amizade e a companhia, questões que deveriam merecer real valor, são postas em segundo plano. Lembramos aqui que as raças foram criadas para conveniência do Homem, para atender a seus desejos e para que os animais tivessem "utilidade". Nos processos de "purificação" das raças, muitas delas culminam em animais com problemas genéticos crônicos, como a dogue alemão que apresenta problemas cardíacos ou a pitbull que tem problemas de pele. Porém, ainda que este seja um comportamento especista, "racista", não podemos obrigar as pessoas a deixarem de gostar de um animal com determinadas características e proibir esse direito de escolha no momento em que vivemos. Queremos combater aqui os exageros, pois enquanto houver esse desequilíbrio e essa visão errônea, haverá muito sofrimento para todos.
Algumas soluções podem vir a amenizar o problema das fábricas de filhotes: os animais vendidos poderiam sair já castrados, comprar-se somente de criadores sérios, pesquisar antes da compra, aumento da fiscalização por parte do governo, campanhas de esclarecimento a população, etc...
Divulgue essas informações a seus amigos e parentes que estejam pensando em adquirir um animal. Se você mesmo estiver pensando nisso, após ter a certeza de que poderá arcar com todas as responsabilidades e resolver adotar ao invés de comprar, visite nossa página de adoções. Lá poderá estar aquele que será seu companheiro por longos anos. Deve-se sempre considerar que um animal adotado retribui com gratidão o fato de ser retirado das ruas (de onde vai para um abrigo provisório para ser tratado) e acolhido definitivamente por uma família. A companhia e a fidelidade serão redobrados!
Ou, se decidir optar por um animal de raça, veja essas recomendações da ARCA Brasil para descobrir se o vendedor ou a loja podem merecer a sua confiança:
- Verifique se o estabelecimento possui licença de funcionamento e é uma empresa constituída. (basta conferir seu CNPJ no site da Receita Federal)
- Pergunte quem é o veterinário responsável, confira suas inscrição no CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária) e procure conversar com ele.
- Peça autorização para visitar os recintos internos onde ficam os animais (não aceite desculpas, que podem ser as mais variadas).
- Pergunte aos seus amigos sobre lojas com boas referências.
“As ‘fábricas de filhotes’ talvez sejam a mais grave ameaça em países como Inglaterra e EUA. Temos que impedir que essa distorção ocorra em nosso país, onde se inicia a uma nova era nas relações com seus animais de companhia” (Marco Ciampi, presidente da ARCA Brasil)
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